Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos,
anunciaram na última semana um passo importante em direção à primeira
vacina contra a diabetes. Os cientistas criaram um imunizante que se
mostrou eficaz para controlar, em humanos, o tipo 1 da doença, que
ocorre porque o sistema imunológico do próprio corpo passa a atacar as
células beta, situadas no pâncreas, que fabricam a insulina. O hormônio
permite a entrada, nas células, da glicose circulante na corrente
sanguínea. Com menos insulina, há um acúmulo de açúcar no sangue, o que
caracteriza a diabetes. O outro tipo, o 2, é resultado de alterações
promovidas principalmente pela obesidade. A vacina impediu o ataque de
um tipo de célula CD8, integrantes do sistema imunológico, às células
beta. "Estamos muito excitados com o resultado. Sugere que o sonho de
interromper o ataque do sistema imunológico a células específicas pode
ser realizado", afirmou um dos líderes da pesquisa realizada com 80
pacientes, Lawrence Steinman. Os cientistas planejam expandir os
experimentos para investigar a eficácia do medicamento em mais
indivíduos. Interromper a destruição comandada pelo corpo é um dos
objetivos perseguidos por cientistas em todo o mundo. Recentemente, a
Diabetes UK, entidade inglesa de combate à doença, anunciou um ambicioso
projeto de pesquisa em busca de uma vacina com esse propósito. Por essa
razão, o feito dos americanos foi saudado. "Pela primeira vez temos
evidência da eficácia de uma vacina em humanos. É um passo significativo
em direção a um mundo sem diabete tipo 1", afirmou a especialista
inglesa, Karen Addington. A notícia da vacina somou-se a outras boas
novidades divulgadas na semana passada. Nos EUA, onde ocorreu o
congresso da Associação Americana de Diabetes, anunciou-se entre os
avanços a chegada de um pâncreas artificial, capaz de equilibrar os
níveis de insulina no organismo. Produzido pela Medtronic, o aparelho
está sob avaliação do Food and Drug Administration (FDA), órgão
americano responsável pela liberação de aparelhos de saúde. "Essa
tecnologia é um passo importante para a criação de um sistema de entrega
de insulina mais inteligente", disse o investigador principal da
pesquisa apresentada para a aprovação do dispositivo, Rich Bergenstal.
Control Quality Assessoria Farmacêutica
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